Assedio na Coallia alojamento para imigrantes.

Executivo de associação pró-migrantes acusado de assédio e sexismo escapa de demissão

Nordine Djebarat, diretor de atividades da Coallia, enfrenta acusações de assédio moral e sexismo por parte de uma funcionária, mas recebe apenas uma suspensão temporária.

A Coallia, associação que fornece alojamento a migrantes, está no centro de uma polêmica envolvendo seu diretor de atividades, Nordine Djebarat. Ele é acusado de assédio moral e sexismo por Norah*, uma ex-funcionária da organização. Apesar da gravidade das acusações, Djebarat recebeu apenas uma suspensão temporária de cinco dias.

Acusações graves e clima de trabalho deteriorado:

De acordo com o jornal L’Humanité, Norah enviou um email em abril de 2024 a 186 funcionários, dirigentes e sindicalistas da Coallia detalhando o assédio que sofreu. As acusações incluem comentários sexistas, humilhações públicas, agressões físicas e até mesmo ameaças de demissão.

O comportamento de Djebarat teria causado a demissão de todo o seu departamento e gerado um clima de medo e insegurança entre os funcionários.

Inação da Coallia e choque entre funcionários:

Apesar das denúncias e de um relatório de investigação que recomendava a demissão de Djebarat, a administração da Coallia optou por uma punição branda. Essa decisão gerou indignação entre os funcionários e sindicatos, que denunciam a impunidade do diretor e a falta de compromisso da associação com seus próprios valores de “respeito pela dignidade humana e pelos direitos humanos”.

Contradição entre discurso e prática:

A Coallia afirma ter agido com “vigilância” e tomado “medidas de proteção”, mas a manutenção de Djebarat no cargo contradiz o discurso da associação sobre “não discriminação, tolerância e solidariedade”. A leveza da punição levanta questionamentos sobre a seriedade com que a Coallia trata casos de assédio e sexismo dentro da organização.

O caso Djebarat coloca em xeque a credibilidade da Coallia e expõe a dificuldade em lidar com casos de assédio em ambientes de trabalho, mesmo em organizações que defendem os direitos humanos.

*Nome alterado para proteger a identidade da vítima.


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